domingo, 6 de setembro de 2009

Filosofia

Deus perdoou-me por não acreditá-lo. Já o neguei e fui perdoado, mas pelo que vejo em ti não poderei sê-lo...
O que tu me levas a ver constitui minha maior blasfêmia: “Deus não é perfeito”. Ao vislumbrá-la cheguei a essa conclusão: foi contigo que Ele cometeu seu primeiro “erro”, pois lhe deu maior quantidade daquilo que pode ser denominado “Belo”, lhe deu mais beleza e esta foi dada ao acaso, por um acidente, assim sendo, não foi só um erro que se cometeu, Ele também foi injusto: fez-lhe mais bela que as outras!
Fui perdoado por ser um ímpio, por ser blasfemador, mas por vê-la tão Bela não poderei ser remitido; Ele é grandioso, e consegue me afligir: tenho nos meus olhos o meu maior castigo.
Posso ser perdoado pela negação como pela falta de crença, mas não poderei sê-lo por ser um amante dos atributos e predicados do Belo daquilo que em ti vejo!
Tu nascestes com a beleza, fora feita ao acaso e eu por sabê-lo serei castigado mil vezes quando vê-la: pois a verei mil vezes, meu pecado é por ver o acidente Dele em ti... O pecado está nos seus atributos ( e nos meus olhos) e desse nao serei perdoado, está para além do pecado primeiro: todo pecado nasce do olhar e você me traz isso a tona, pois me ensinou a ver o mundo, nao me fez ver Deus no Mundo, mas em Ti mesma...

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